andei o dia todo com um aperto no coração

começou com um aperto fininho e fiquei preocupada a pensar que podia ter acontecido alguma coisa com algum dos que amo. Pensei na criança. Pensei em telefonar para a escola, a saber se estava tudo okay, mas o trabalho não deu tréguas. Depois, constantemente a sentir a dor (ligeira, bastante suportável), comecei a dar conta que me apertava mais cada vez que inspirava. Começou a doer mais. E isto, quem fuma, pensa logo que é do lixo que põe para dentro e comecei a preocupar-me porque a dor, passadas umas horas, já era bem forte (não ao ponto de parar de trabalhar, mas ao ponto de ir à zona do coração massajar)
e depois lembrei-me: o aperto não era aperto, era uma pancada mesmo que eu tinha dado de manhã contra um caixote do lixo enfiado num poste à altura do peito (basicamente fiquei abraçada a ele).

Isto tem duas conclusões:

1. não me importo de ir contra caixotes do lixo às 8 da manhã, se isso significa que eu estou a tentar avistar a minha cria que vai do outro lado da rua (e rio-me, eu rio-me tanto de mim)

2. a próxima vez que sentir um aperto no coração, não vou pensar logo em cocozadas de telepatia e simbiose, o apelo do sangue e por aí fora.

agora a sério, sinto uma grande pressão/dor na zona do coração, mas se fosse para quinar, já tinha quinado, não?

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