Nem puta nem santa I


Reconheço, embora, que sou mais ' puta' do que santa.

Isto não significa que me entusiasme em fornicar a vidinha dos outros. Aliás, a vidinha dos outros não me interessa por aí além. Nunca fui vingativa e tenho tendência a ficar com as boas memórias das pessoas, ainda que me tenham fornicado duramente o caminho.

Sou áspera no trato, demasiado frontal e tenho a boca rota nalguns momentos. Não consigo disfarçar quando uma pessoa não me agrada (se tem de ser, esboço o sortido mais plástico da sala). Os meus elogios são sempre ao lado, como nos jogos de setas: raramente acerto em escolher as palavras para expressar o que sinto - aponto para o meio e calho ali no 25.

Já insultei automobilistas, mas foi quando ouvia Offspring. Mas nunca insultei ninguém na net. Se isto faz de mim uma santa, mando-vos todos à gaita num instante. Prefiro ser puta, assim, torcida como nasci.

Assegurou-vos de que sou mais simpática do que parece, apesar de sentir receios em ser uma falsa sociável. Quem me disse isto foi a helena, quando ouviu korn comigo (pá, tu ouves isto?. Não acho normal, quem gosta disto só pode ter muita cena má cá dentro)

Mas afinal, quem não tem não é


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